XANGÔ – KAWÓ KABIESILÉ!

XANGÔ – KAWÓ KABIESILÉ!
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XANGÔ

Kawó Kabiesilé!

Xangô rege tudo com realeza poder e riqueza. O poder é inerente a este Orixá. O raio é a sua maior arma com a que pode até aniquilar a casa do oponente para fazer justiça.

Cor: marrom ou vermelho escuro e branco
Elemento: fogo com chamas grandes e raios (que divide com Iansá)
Símbolo de ação: Oxê
Comida: amalá (quiabo refogado com temperos)
Dia da semana: quarta feira.
Domínio e ação: justiça.

HISTÓRIAS DE XANGÔ
Antes de se tornar Rei de Oió, Xangô foi consultar o oráculo. O adivinho lhe disse que tinha que fazer um sacrifício: búzios, dois galos, duas galinhas e dois pombos. Também devia oferecer a roupa que estava usando e dar alguma coisas para seus parentes e amigos.
Assim Ele fez e todos se reuniram para comer e beber do sacrifício, e beberam bastante, até que num momento se perguntaram: Quem escolheremos para nosso Rei?
Alguém propôs: Que seja o homem na casa de quem comemos e bebemos.
Então todos gritavam que seja ele, Afonjá! E escolheram Afonjá e ele se tornou rei de Oiá, Xangô o próspero.
Xangô aprendeu a vencer seus inimigos com oferendas. Os mais antigos diziam a ele para fazer um ebó para vence-los e assim apaziguo os deuses, com muito búzios, galinhas, pedras…
Quando ele chegava das guerras todos gritavam
‘KAWÔ, Xangô! Kabyesi, Kawô!’ E kabó!
(Salve Xangô! Abram alas para sua majestade! Bem vindo! Bem vindo!)

 

 

 

XANGÔ O ORIXÁ DA JUSTIÇA Como ele conseguiu este nome

Xangô e seus homens lutavam e foram capturados pelo inimigo. Seus soldados foram torturados e mutilados até a morte sem piedade. E eles eram devolvidos a Xangô aos pedaços.
Xangô estava desesperado e enfurecido.
Então ele pediu ajuda a Orunmilá. Xangô, na sua ira, começou a bater nas pedras com seu oxé. O machado arrancava faíscas das pedras que se transformaram em labaredas de fogo e devoravam os soldados inimigos. Xangô venceu a guerra, mas ele poupou os soldados do inimigo que estavam vivos. A partir de isto o senso de justiça de Xangô foi admirado por todos e os homens recorriam a Ele para resolver seus problemas de justiça. Até hoje eles recorrem para administrar a justiça.

 

 

 

 

XANGÔ CONQUISTA OUTROS LUGARES
Xangô viajava sempre com seu oxé em busca de aventuras. Levava também um saco de couro para guardar seus segredos: o poder de cuspir fogo e lançar pedras de raio.
Um dia ele chegou a Cossó, mas o povo não o queria como rei porque era muito intranquilo. Magoado ele castigou esse povo com trovões e pedras.
Logo todos pediram clemência e gritavam ‘Kabiyesi Xangô, Kawô Kabiseyi Obá Kossô’ (Viva sua majestade Xangô, Rei de Cossô).
Ele se tornou Rei e reinou com justiça sendo amado por todos.

 

 

 

 

 

LINHAGEM DE XANGÔ Aganju o reconhece como filho legítimo
Aganju era muito temido e respeitado e deixava a porta da casa sempre aberta, mas ninguém tinha coragem de entrar. Um dia Xangô entrou na casa, comeu de tudo e bebeu e depois se deitou na esteira de Aganju. Quando este chegou, encontrou Xangô descansando e com raiva fez uma fogueira e o jogou nela.
Mas Xangô, sendo Ele próprio o fogo, não se queimou.
Aganju então o levo até o mar para afogá-lo. Do mar saiu sua mãe, Iemanjá Conlá, e disse a Aganju: ‘Qué fazes, não podes matar nosso filho!’.
Então Aganju olhou bem para Xangô e viu que eram parecidos na bravura e coragem e comeram e beberam juntos felizes.

 

 

 

 

XANGÔ E OS EGUNS
Xangô tinha pavor dos mortos e quando eles lhe apareciam Oiá ia em seu socorro. Ela deu a Xangô nove espelhos e lhe ensinou a fazer com que os mortos se vissem neles.
Oiá sabia que a morte não suporta ver sua própria face.
Xangô perseguia os eguns e eles saiam correndo, e ele ia vivendo com os espelhos.

XANGÔ GANHA O COLAR VERMELHO E BRANCO
Xangô sempre foi rebelde, saia correndo fazendo o que queria. Obatalá, seu pai adotivo, recebia muitas queixas. E justificava seus atos dizendo que ele não o tinha criado por perto. Um dia Xangô estava na casa de uma das suas mulheres. Havia deixado o cavalo amarrado à porta da casa, mas outros que passaram o roubaram. Xangô saiu a sua procura e no caminho encontrou Obatalá e quis enfrenta-lo, mas o pai não se intimidou frente ao rapaz e exigiu respeito e submissão. Ajoelhado, Xangô foi obrigado a tirar seu colar vermelho e dar para o pai. Obatalá desfez o colar e alternou as contas brancas do seu próprio colar com as vermelhas e o entregou a Xangô. Agora todos saberiam que ele era seu filho e que lhe devia respeito.

 

 

 

 

XANGÔ NÃO COME CARNE DE PORCO
Todas as nações tinham Xangô como rei, menos os Malês, que são muçulmanos. Um dia Xangô foi até a terra deles para levar alguém da sua família. Mas os malês não aceitaram porque não era do seu sangue. Xangô não gostou e, voltando para casa, contou para Iansã. Ele a chamou para guerrear com os malês e ela concordou. Partiram ao dia seguinte, Iansã na frente coberta de fogo e soltando relâmpagos em todas as direções. Xangô ia atrás soltando pedrinhas por onde passavam. Os malês, vendo o fogo, pensaram que era o fim do mundo, mas logo viram Xangô e entenderam o que estava acontecendo. Os malês suplicaram por compaixão. Xangô exigiu que eles se submetessem a seu poder e os malês aceitaram. Mas Xangô com a sua justiça decidiu deixar de comer carne de porco em homenagem a esse povo que passou a respeita-lo.

 

 

 

XANGÔ VENCE OGUM NA PEDREIRA
Estes dois orixás sempre brigaram entre si, por vezes disputando o amor da companheira Iansã; outras disputando o amor da mãe, Iemanjá ou pelo amor da sensual Oxum.
Ogum usa da força e das armas que fabrica.
Xangô usa estratégia e magia.
Ambos são muito fortes e valentes.
Mas, numa disputa por Iansã, Xangô apelou para a astúcia, como é de seu feitio. Conduziu a batalha como quem se retirava e sem que Ogum percebesse o atraiu até a pedreira. Quando Ogum estava no pé da montanha de pedra, Xangô lançou seu oxé com um raio. Se ouviu um estrondo de trovão e muitas pedras caíram soterrando o desprevenido Ogum. Xangô venceu Ogum na pedreira. Foi a única vez que alguém venceu Ogum. Mas arquetipicamente seguem brigando até hoje através de seus filhos.

 

 

Bibliografia
Mitologia dos Orixás – Reginaldo Prandi – Ed. Companhia das Letras, 13º reed., 2001.

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